Hipertensão arterial

O que é hipertensão arterial?

Também conhecida por “mal silencioso”, é uma doença relacionada à pressão que o sangue exerce na parede das artérias enquanto circula pelo corpo. Se a pressão arterial for maior que a adequada, pode haver um risco para a saúde das artérias. Vale lembrar que a pressão arterial oscila, e não mantém um valor fixo ao longo do dia. Os casos em que se mantém elevada todo o tempo são os que caracterizam esta doença.

Extremamente perigosa, a hipertensão é assintomática na grande maioria das vezes e faz com que o coração trabalhe de forma mais intensa que o normal. Esse trabalho excessivo contribui para o desenvolvimento da aterosclerose. A hipertensão arterial também pode causar uma série de anormalidades cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como “derrame”, além de infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e aneurismas, entre outras. Se associada à obesidade abdominal, diabetes mellitus e dislipidemias (alterações dos níveis de gorduras no sangue), podem resultar na síndrome metabólica, um conjunto perigoso de fatores de risco cardiovascular. Pode causar também outras doenças como insuficiência renal e até cegueira.

 

Quem mais sofre de pressão alta?

Aproximadamente dois terços das pessoas com mais de 65 anos sofrem de hipertensão.

Capaz de se desenvolver cedo, mesmo na infância, a pressão alta atinge até 30% dos adultos entre 18 e 60 anos. Entre os idosos, o número de hipertensos chega a 50%. Quem não tem hipertensão arterial aos 55 anos tem 90% de chances de não desenvolvê-la ao longo da vida.

 

Quais são as diferenças entre pressão arterial sistólica e diastólica?

A pressão arterial sistólica está relacionada à força do sangue nas artérias durante os batimentos cardíacos e corresponde ao maior número medido. Por exemplo: numa pressão 120/80 mmHg (conhecida popularmente como 12 por 8), o valor 120 (ou 12) corresponde à pressão sistólica e o 80 (ou 8) à diastólica. É importante saber que basta ter esse índice alto para que haja um quadro de hipertensão arterial. São os casos de hipertensão sistólica isolada (HSI).

Esse é o tipo mais comum de hipertensão nos idosos. Ela aumenta com a idade e não demonstra sintomas, o que a torna ainda mais perigosa. Aproximadamente 65% dos hipertensos com mais de 60 anos sofrem de hipertensão arterial sistólica. Para idosos e pessoas de meia idade, o diagnóstico preciso é essencial, em decorrência dos perigos que a hipertensão arterial traz nessa fase da vida, entre os quais aumento das chances de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e insuficiência renal.

Já a pressão diastólica se refere ao tempo em que o coração permanece relaxado entre os batimentos. Quando fica alta, há mais riscos de ataques cardíacos, derrames e insuficiência renal. O aumento da pressão diastólica costuma ser mais comum em pessoas até os 55 anos, quando começa a diminuir esta incidência. Com o passar dos anos, a pressão diastólica tende a se equilibrar, enquanto a sistólica se eleva tornando-se mais significativa.

 

O que pode causar hipertensão?

Na maioria dos casos, não há uma causa determinada. Essa é a chamada hipertensão primária ou essencial, em que diversos fatores como excesso de peso, idade, sexo, histórico familiar, dieta com excesso de sal e sedentarismo colaboram para o desenvolvimento da doença.

Mesmo sem causa aparente, tem grandes chances de estar relacionada a outros fatores de risco cardiovascular. Costuma atingir mais homens que mulheres, além de ser uma característica familiar. A etnia também é um fator determinante: os negros têm duas vezes mais chances de desenvolver a doença que os brancos. Depois dos 65 anos, as mulheres negras apresentam mais hipertensão arterial que os homens.

Se houver uma causa definida, a condição é descrita como hipertensão secundária. Entre as causas conhecidas desse tipo de hipertensão, a insuficiência renal é a principal. Tumores ou outros problemas da glândula supra-renal, obstruções das artérias renais, efeitos colaterais de alguns medicamentos como pílulas anticoncepcionais que contenham estrógeno e gravidez, entre outras, também estão relacionadas.

 

O que é pressão arterial sistólica e diastólica, ou máxima e mínima.

A pressão arterial máxima corresponde a medida obtida assim que  coração bombeia todo o sangue para a circulação, que ocorre na sístole, ou seja, fase em que o coração se contrai. Quanto maior a força de contração maior será a pressão máxima. Porém as artérias se dilatam discretamente acomodando o sangue que foi bombeado para o coração e é por esse motivo que essa pressão arterial máxima habitualmente não atinge valores muito elevados, em decorrência da capacidade elástica das artérias. Existe também a pressão mínima que é medida na fase que corresponde ao relaxamento do coração, ou seja, na diástole, essa pressão mínima poderá ser maior ou menor dependendo do estreitamento das arteríolas, que são resultado das ramificações das artérias maiores.

Para se entender melhor o que significa a pressão máxima e mínima, imagine o seguinte exemplo: Uma mangueira de borracha num jardim ligada a uma torneira. Ao se abrir totalmente a torneira (bombeamento do coração), a pressão que a água exerce dentro desta mangueira seria a pressão máxima. A pressão mínima seria o resultado de um fechamento do bico da mangueira: quanto mais fechado maior a resistência oferecida dentro desta mangueira.

Quem tem mais risco de ter hipertensão arterial?A pressão arterial elevada geralmente é encontrada nas seguintes situações:

  • Filhos de pais hipertensos (se ocorrer com os dois pais a chance do filho ser hipertenso é  bem maior);
  • Pessoas que consomem bebidas alcoólicas;
  • Pessoas com história de hipertensão na família;
  • Obesos;
  • Diabéticos;
  • Pessoas da raça negra.
  • Sedentários
  • Os que não possuem uma alimentação saudável e exageram na ingestão de sal.
  • Pessoas estressadas
  • Doenças crônicas como diabetes, colesterol alto, doença nos rins e apnéia do sono.

 

Quais são os sintomas da pressão alta?

A maioria das pessoas não apresentam qualquer sintoma. Algumas pessoas podem apresentar dor de cabeça, tontura, e hemorragia nasal.

 

Podem existir vários tipos de hipertensão?

Sim, existem dois tipos de hipertensão arterial: A hipertensão arterial primária ou essencial e a hipertensão secundária.

A hipertensão essencial ou primária ocorre em 90 – 95 % dos casos em adultos. A causa não é identificável e desenvolve-se gradativamente durante muitos anos. Inicia-se na fase adulta dos 20 aos 40 anos de forma benigna, mas se não for tratada pode comprometer o coração, a circulação cerebral, os membros inferiores e os rins.

Já na hipertensão arterial secundária, a causa é determinada e tem esse nome porque é conseqüência de alguma doença ou condição já existente. As condições que podem levar a hipertensão secundária são: doenças dos rins, tumor em glândulas, defeitos na formação do coração e alguns medicamentos, como por exemplo, os anticoncepcionais, drogas como a cocaína e em algumas circunstancias, tais como a gravidez.

 

Quais os efeitos da pressão alta no organismo?

Por tratar-se de importante fator de risco para doenças cardiovasculares, a hipertensão pode causar complicações em alguns órgãos, principalmente se estiver associada a outros fatores de risco como diabetes, obesidade e dislipidemias.

No coração ela pode provocar angina, infarto do miocárdio e arritmias. Nos vasos sanguíneos, os problemas relacionados são aterosclerose e aneurismas. Já para os olhos, a hipertensão pode causar comprometimento da retina e, em casos mais graves, cegueira. Acidentes vasculares e isquemias cerebrais também podem ser decorrentes de pressão alta. E nos rins é possível ocorrer evolução para insuficiência renal crônica.

 

A hipertensão demonstra algum sinal clínico?

O grande problema da pressão alta é exatamente a falta de sintomas na maioria dos casos, por isso é conhecida como mal silencioso. A doença aparece, não demonstra nenhum sinal e as pessoas não sabem que necessitam de tratamento.

Entretanto, alguns sintomas podem aparecer nos seguintes casos:

  • hipertensão arterial elevada: dores de cabeça, no peito, sangramento nasal, dormência e formigamentos;
  • hipertensão arterial secundária: câimbras, palpitações, vontade de urinar freqüentemente e transpiração excessiva.

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito a partir da medição da pressão arterial em diversas consultas. Como a pressão pode se alterar por inúmeros fatores, como estar nervoso na consulta médica, o resultado das medições pode ser bastante distinto e isso prejudica o diagnóstico. A medida deve ser feita em ambiente calmo, com o paciente sentado e deve ser realizada três vezes. Se forem constatadas alterações, estas devem ser confirmadas por meio de novas medições em outro dia. Além da medição convencional, há alternativas para confirmar o diagnóstico. As mais utilizadas são o método de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), que mede a pressão automaticamente a cada 15 ou 30 minutos por no mínimo 21 horas, através de um dispositivo conectado ao paciente, que armazena as medidas de pressão arterial ao longo do exame. E também a monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), feita pelo paciente ou pessoa treinada por cinco dias em horários diversos.

 

Como saber se a pressão arterial está alta ou baixa?

A pressão arterial de 140/90 mmHg ou acima deste valor é considerada alta. Os bebês, por exemplo, têm pressão de aproximadamente 90/60 mmHg, já um adulto saudável chega aos 120/80 mmHg.

Depois de uma atividade extenuante como um jogo de tênis, ou que envolva emoções como um discurso, é normal que a pressão arterial esteja mais alta.

Se os níveis estiverem entre 120/80 mmHg e 139/89 mmHg, o quadro é denominado de pré-hipertensão. Isso quer dizer que, apesar de não ser hipertenso no momento, é possível que o paciente desenvolva a doença no futuro.

Já as pessoas que têm pressão a partir de 200/120 mmHg precisam de tratamento imediato. Os diabéticos com pressão arterial acima de 135/80 mmHg também precisam de tratamento, por apresentarem alto risco de doença cardíaca e de comprometimento da função renal.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito, medindo-se a pressão arterial. A pressão é medida com um aparelho chamado esfigmomanometro. A avaliação da pressão arterial é um ato que deve ser feito por um profissional habilitado, pois existem técnicas e condições para se auferir a pressão arterial de maneira correta.  Hoje com o avanço tecnológico temos vários modelos e tipos de aparelhos.

O aparelho que mede a pressão arterial (esfigmomanometro) é composto por uma braçadeira que envolve uma bolsa de ar inflável conectada por um tubo de borracha a um manômetro e por outro tubo, que contem uma válvula controlada pelo operador, conectado a uma pêra que tem a finalidade de insuflar a bolsa. As medidas são dadas em milímetros de mercúrio (mmHg).

Para verificar a pressão arterial com um aparelho manual, além do esfigmomanometro será necessário também, um estetoscópio que é um aparelho usado para ouvir sons corporais

Envolve-se a braçadeira no braço com a bolsa posicionada na artéria braquial (face interna do braço) e posiciona-se o manômetro ao alcance dos olhos. É necessário sentir o pulso da artéria braquial ou da radial (no punho, na direção do primeiro dedo) do braço que está envolvido pelo aparelho. Insufla-se a bolsa até que não se perceba mais o pulso. Deve-se olhar em seguida o número que o manômetro acusou e posicionar o estetoscópio onde o pulso estava sendo sentido. Em seguida deve-se abrir suavemente a válvula e olhar atentamente para o manômetro. Quando as pulsações não forem mais ouvidas, deve-se anotar o número que o manômetro marcou. Em seguida desinsufla-se completamente o aparelho.

O primeiro número marcado é a pressão sistólica (pressão que o coração exerce quando se contrai: é a energia máxima do sangue nas paredes das artérias) e o último número é a pressão diastólica (pressão “mínima”, exercida quando o coração relaxa: é a menor força exercida contra as paredes das artérias).

As mensurações são feitas com certo intervalo de tempo, pois a pressão arterial oscila de acordo com o dia, com horário, com o estado emocional, com as refeições, etc..e com certa freqüência, durante as consultas médicas, algumas pessoas tendem a apresentar níveis de pressão mais elevados. O fato de a pressão aumentar durante as consultas médicas é chamado de “hipertensão do jaleco, ou avental branco”. Medir a pressão no ambiente familiar ajuda a definir o nível da pressão arterial mais adequadamente.

Se for constatado algum tipo de hipertensão em exames de rotina como sangue, urina e eletrocardiograma outros exames deverão ser solicitados.

Importante: Deixe a pessoa em repouso por cerca de 20 minutos antes de medir a pressão arterial no caso de ela ter caminhado e 30 minutos e se tiver ingerido cafeína ou cigarro. O tamanho da braçadeira também influencia no valor da pressão. As medidas de pressão arterial devem ser reconfirmadas duas ou mais vezes durante a consulta, obedecendo critérios técnicos bem estabelecidos.

 

Conheça a classificação da pressão arterial

Classificação Níveis
Ótima > 120/80 mmHg
Normal 120-129 / 80-84 mmHg
Limítrofe 130-139 / 85-89 mmHg
Hipertensão < 140/90 mmHg
Hipertensão sistólica isolada < 140 mmHg e > 90 mmHg

 

É possível controlar a pressão arterial sem medicamentos?

Para manter a pressão arterial dentro dos níveis indicados, é preciso mudar o estilo de vida. Com atitudes simples é possível controlar a hipertensão antes de ter de recorrer a medicamentos, em especial para quem apresenta quadros de pré-hipertensão.

Entre as principais mudanças indicadas estão:

  • cessação do tabagismo;
  • perda de peso;
  • dieta adequada – com menos sal e mais vegetais e frutas;
  • atividade física;
  • consumo restrito de álcool;
  • controle do estresse.

 

Como é feito o tratamento da hipertensão arterial?

O tratamento pode ser medicamentoso (geralmente) e/ou não medicamentoso. O tratamento não medicamentoso requer mudança no estilo de vida. Essa mudança está pautada em 3 objetivos:

  • Controle do estresse;
  • Alimentação saudável;
  • Hábitos saudáveis: atividade física e abandono de tabagismo e álcool.

Os medicamentos mais utilizados para controlar a hipertensão, são:

  • Diuréticos tiazídicos: Diuréticos são medicamentos que atuam promovendo a eliminação de urina que é conseqüente a saída de sódio do organismo. Como o sódio tem uma acentuada ligação à água, uma quantidade maior de urina é produzida e eliminada, reduzindo desta forma o volume sangue circulante.
  • Beta-bloqueadores: São medicamentos que reduzem a carga de trabalho do coração e dilatam os vasos sanguíneos. Como conseqüência o número de batimentos cardíacos diminuem, assim como a sua força de contração. Tem efeito melhor quando associado a um diurético.
  • Inibidores da enzima conversora a angiotensina (IECA): Esses medicamentos ajudam a relaxar os vasos sanguíneos, reduzindo seu estreitamento, e como conseqüência diminuindo a pressão arterial sanguínea. É importante para o tratamento de pacientes com doenças nas artérias coronárias, insuficiência cardíaca ou renal. Assim como os beta-bloqueadores, funcionam melhor quando associados a um diurético tiazídico.
  • Bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA): Esses medicamentos também relaxam os vasos sanguíneos reduzindo o estreitamento dos mesmos. Como conseqüência há uma redução da pressão arterial. Também é muito utilizado em pessoas com insuficiência cardíaca e renal e naqueles com doença das artérias coronárias.
  • Bloqueadores do canal de cálcio: Esses medicamentos ajudam a relaxar os músculos dos vasos sanguíneos. Bloqueadores do canal de cálcio têm um bom efeito em pessoas idosas e as vezes são associados aos medicamentos inibidores da enzima conversora de angiotensina ou beta-bloqueadores. Nestes casos pode haver um maior risco de interação medicamentosa.

O que pode ocorrer se a hipertensão não for tratada?

A hipertensão arterial, quando não tratada, pode trazer vários prejuízos ao organismo, tais como:

Rompimentos de placas de gordura dentro dos vasos sanguíneos que podem acarretar infarto do miocárdio, derrames cerebrais, insuficiência renal e outros comprometimentos da circulação.

O aumento da pressão sanguínea a longo prazo pode causar enfraquecimento da parede das artérias e algumas dilatações denominadas aneurismas. A ruptura do aneurisma é uma importante causa risco de vida.

  • Insuficiência Cardíaca: Para bombear sangue com pressão alta nos vasos sanguíneos, o coração pode ficar espesso e entrar em falência muscular.
  • Acidente Vascular Cerebral também conhecido como derrame cerebral: Ocorre um bloqueio ou ruptura de vaso sanguíneo no cérebro.
  • Insuficiência Renal: A hipertensão arterial crônica pode comprometer os vasos que nutrem os rins e acarretar falência deste órgão, com elevação dos níveis de uréia e creatinina.
  • Perda da visão por comprometimento (estreitamento ou espessamento) dos vasos dos olhos.
  • Síndrome Metabólica (ver artigo sobre o assunto)
  • Alterações Cognitivas: Tais como memória e capacidade de aprendizado.

O que devo fazer para prevenir hipertensão?

Evitar alimentos gordurosos e salgados.

Evite sedentarismo: caminhe mais, suba mais escadas e use menos o elevador.

Evitar bebidas alcoólicas em excesso e abolir o fumo.

Procurar dentro do possível levar a vida de maneira mais tranqüila e equilibrada.

Se houver antecedentes de hipertensão arterial na família, por exemplos, os dois pais, existe uma boa chance de ocorrência de hipertensão nos filhos. O componente familiar é um fator de risco para o desenvolvimento de hipertensão: nestes casos deve-se mensurar a pressão arterial pelo menos a cada 3 meses.

Dicas do Dr. Knobel para quem tem pressão alta:

  • Tome uma atitude: mude seu estilo de vida, prefira alimentos saudáveis, substitua o sal por temperos naturais e pratique atividade física.
  • Cuide de sua saúde: Mensure a pressão algumas vezes durante a semana. Mantenha o peso em níveis normais. Faça seu check-up periodicamente.
  • Nunca abandone o tratamento, sem o conhecimento do seu médico: Compareça as consultas regularmente mesmo que a pressão tenha se regularizado. Não abandone os medicamentos mesmo que as medidas de pressão estejam normais. Nunca se esqueça que na grande maioria dos casos a pressão arterial elevada não dá qualquer sintoma, mas acarreta lesões na circulação de todo o organismo a médio e longo prazo.

 

Este material tem propósito informativo e não dispensa a necessidade de consulta a profissional qualificado e habilitado.